sábado, 29 de novembro de 2008

Bom dia

Ok já passa da 1h30 da tarde mas acordei há bocado, por isso bom dia! :)
Afinal o camião do lixo não me passou por cima ontem à noite. Deve-se ter enganado na hora.
Fim de semana prolongado. 2ª feira é feriado. Sem planos a não ser um jantar de aniversário amanhã à noite, onde se vai falar de coisas que sinceramente, a esta altura do campeonato, não me interessam grandemente. Mas amigos são amigos, independentemente dos assuntos que eles gostem de discutir. Sempre saio de casa mais um bocado e deixo de ouvir algumas das "discussões" que de há uns tempos para cá monopolizam as conversas nas horas das refeições. O meu pai e o meu irmão, trabalhando na mesma coisa, dão-nos (a mim e à minha mãe) cada real seca que eu já reviro os olhos de cada vez que me chamam para a mesa!!!! Que me interessa a mim os tempos record que o nadador X fez, ou tem de fazer, ou falhou ou ....ou...ou... ah sim, o assunto é natação. Também nadei quando era mais nova. Durante uns 10 anos acho eu. Depois tive lá uma discussão com a minha treinadora que era uma Belga (não era bolacha) empertigada, e pus-me a monte ( disto confesso que me arrependo, mas já era orgulhosa com os meus 11 anitos). Quem sabe, eu até tinha bons tempos para a minha idade, podia ter-me tornado numa Miquelina Phelps ( sem as orelhas de abano e a cara de estúpida) :) Foi uma de muitas coisas que deixei a meio e que só me apercebi do erro quando já era tarde para voltar atrás. Oh Well! C'est la vie!
De qualquer forma, bom dia e que o seja até à noite :) :***

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Ele há azares...

Sexta feira à noite... há bocado soube que a aula que ia dar amanhã foi cancelada porque a aluna não pode ir. Mais 20€ à vida... A sério, há cães com mais sorte. Ainda por cima, não fiz planos para sair porque ia trabalhar de manhã. Já não suporto olhar para as paredes deste quarto, e não, também já não estou a curtir muito o tecto. Tá frio e tá a chover e eu acabei de escrever "tá" num texto. TOU lixada com F grande! P'ra estar deprimida ao menos podia ter nascido num país tropical, sempre ia até à praia. Ah! E como se isso não fosse o bastante, o gás do aquecedor acabou... é justo. Acho que vou gamar uma garrafa de tinto ao meu pai e meter-me debaixo do edredon à espera do sono. Oh! Esperem, desculpem, será 6ª feira 13 disfarçada hoje??? Também estou a ficar sem tabaco... ok tenho que ir ao café, a chover... se não houver mais posts depois deste é porque o camião do lixo me passou por cima ou qualquer coisa do género...Fui!

Todos precisamos de inspiração...

William Ernest Henley. 1849–1903

Invictus

OUT of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.

It matters not how straight the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate,
I am the captain of my soul.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Apeteceu-me partilhar

Eu costumava escrever muito... andava sempre de bloquinho na carteira ou na mochila, ou quando isso faltava havia sempre guardanapos, bilhetes de comboio usados, qualquer coisa servia porque de repente dava-me um vibe e pronto, lá tinha eu que escrivinhar qualquer coisita, nem que fosse um "foda-se que este parvo tá-se a chegar muito a mim no autocarro!!!!" (pardon my french^^).
Perdi esse hábito, como tantas outras coisas, de há uns tempos para cá.
Ando com a vida em sobressalto, mas tenho algo de que pouca gente se pode gabar: alguém que me ama, com todos os meus defeitos, e são tantos, e que razão melhor e maior existe para voltar a escrever senão o Amor. E não um amor qualquer, mas sim o amor daquela pessoa que às vezes se leva a vida toda sem encontrar. Chamem-lhe alma gémea, cara metade, o mais que tudo... eu chamo-lhe Marco e devo-lhe parte da minha vida e todo o meu coração!
Hoje custou-me a acordar. Mais um dia, igual a tantos outros... Tenho 2h oficialmente ocupadas e o resto, é o vazio constante a que ainda não me habituei após tanto tempo. Amo este país, de corpo e alma e com força, aquela força bruta que as gentes do Porto teimam em ter apesar de tudo e de todos. Amo este país e esta cidade ainda mais, e todos os dias sinto que me roubam um bocadinho desse amor. A frase que mais ouço e leio " se tivesse nascido noutro país agora estava bem melhor..." Chega a doer na alma. Sempre fomos derrotistas, mas somos também lutadores e membros de um força tipo Resistência em tempos de guerra. Mas sinto a capa a ser perfurada, sinto o tempo a passar e nada a melhorar, nada por que me alegrar. Acho que vou ter que ir embora outra vez. Já tentei duas vezes e falhei... mas falhanços daqueles monumentais. É triste que aos 32 anos, sem nada a que possa chamar de meu (nem o computador porque ainda o estou a pagar:p), tenha que ver o desalento nos olhos dos meus pais, tenha que viver com este sentimento dentro de mim de que não valho grande coisa porque se valesse alguém já tinha reparado carago...E agora comecei este blog, nem sei muito bem porquê. Se não for por mais nada, ao menos vou ocupando mais uns minutos... E o tempo vai passando, à velocidade da luz quando já se passou dos 30, e a passo de caracol enquanto se espera por uma solução, por uma resposta aos mais de 40 currículos que se manda diariamente e aos quais ninguém se digna a responder, nem para dizer: "Não, não precisamos de ti pra nada..."

segunda-feira, 24 de novembro de 2008


Estranha forma de vida
Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
Que é toda a minha saudade.
Foi por vontade de Deus.
Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vive de forma perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.
Coração independente,
coração que não comando:
vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.
Eu não te acompanho mais:
para, deixa de bater.
Se não sabes onde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais.


Amália Rodrigues